A Escritura é categórica ao nos dizer que ninguém sabe o dia ou a hora em que Jesus voltará para julgar o mundo (Mateus 24:36-39). Isso significa que se algum pretenso profeta aparecer com ares de esperteza dizendo ser capaz de calcular o dia da vinda de Cristo, há uma grande chance de ele ser um falso profeta. Ainda assim, no entanto, é importante dizer que Cristo nos fornece um conjunto de sinais escatológicos, orientando-nos a estarmos atentos aos sinais que precederem a Sua Vinda:
Quando começarem a acontecer essas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação. Acrescentou ainda esta comparação: “Olhai para a figueira e para as demais árvores. Quando elas lançam os brotos, vós julgais que está perto o verão. Assim também, quando virdes que vão sucedendo essas coisas, sabereis que está perto o Reino de Deus…”
Lucas 21: 28-31
Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra. As próprias forças dos céus serão abaladas.
Lucas 21,26
Sabei, antes de tudo, o seguinte: nos últimos tempos virão escarnecedores cheios de zombaria, que viverão segundo as suas próprias concupiscências. Eles dirão: “Onde está a promessa de sua vinda? Desde que nossos pais morreram, tudo continua como desde o princípio do mundo”. Esquecem-se propositadamente que desde o princípio existiam os céus e igualmente uma terra que a Palavra de Deus fizera surgir do seio das águas, no meio da água, e desse modo o mundo de então perecia afogado na água. Mas os céus e a terra que agora existem são guardados pela mesma palavra divina e reservados para o fogo no dia do juízo e da perdição dos ímpios. Mas há uma coisa, caríssimos, de que não vos deveis esquecer: um dia diante do Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda o cumprimento de sua promessa, como alguns pensam, mas usa da paciência para convosco. Não quer que alguém pereça; ao contrário, quer que todos se arrependam. Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia, os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém. Uma vez que todas essas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade, enquanto esperais e apressais o dia de Deus, esse dia em que se hão de dissolver os céus inflamados e se hão de fundir os elementos abrasados! Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça. Portanto, caríssimos, esperando essas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz. Reconhecei que a longa paciência de nosso Senhor vos é salutar, como também vosso caríssimo irmão Paulo vos escreveu, segundo o dom de sabedoria que lhe foi dado. É o que ele faz em todas as suas cartas, nas quais fala nesses assuntos. Nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras. Vós, pois, caríssimos, advertidos de antemão, tomai cuidado para que não caiais da vossa firmeza, levados pelo erro desses homens ímpios.
673. A partir da ascensão, a vinda de Cristo na glória está iminente mesmo que não nos «pertença saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade» (At 1, 7). Este advento escatológico pode realizar-se a qualquer momento, ainda que esteja «retido», ele e a provação final que o há-de preceder.
674. A vinda do Messias glorioso está pendente, a todo o momento da história, do seu reconhecimento por «todo o Israel», do qual «uma parte se endureceu» na «incredulidade» (Rm 11, 20) em relação a Jesus. E Pedro quem diz aos judeus de Jerusalém, após o Pentecostes: «Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que os pecados vos sejam perdoados. Assim, o Senhor fará que venham os tempos de alívio e vos mandará o Messias Jesus, que de antemão vos foi destinado. O céu tem de O conservar até à altura da restauração universal, que Deus anunciou pela boca dos seus santos profetas de outrora» (At 3, 19-21). E Paulo faz-se eco destas palavras: «Se da sua rejeição resultou a reconciliação do mundo, o que será a sua reintegração senão uma ressurreição de entre os mortos?» (Rm 11, 15). A entrada da totalidade dos judeus na salvação messiânica, a seguir à «conversão total dos pagãos», dará ao povo de Deus ocasião de «realizar a plenitude de Cristo» (Ef 4, 13), na qual «Deus será tudo em todos» (1 Cor 15, 2).
- Antes da vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes. A perseguição, que acompanha a sua peregrinação na Terra, porá a descoberto o «mistério da iniquidade», sob a forma duma impostura religiosa, que trará aos homens uma solução aparente para os seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A suprema impostura religiosa é a do Anticristo, isto é, dum pseudo-messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado.
No que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com ele, rogamo-vos, irmãos, não vos deixeis facilmente perturbar o espírito e alarmar-vos, nem por alguma pretensa revelação nem por palavra ou carta tidas como procedentes de nós e que vos afirmassem estar iminente o dia do Senhor. Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniquidade, o filho da perdição, o adversário, aquele que se levanta contra tudo o que é divino e sagrado, a ponto de tomar lugar no Templo de Deus, e apresentar-se como se fosse Deus.
2 Tessanicenses 2, 1-4




