Fonte: Stall, Sylvanus, 1847-1915 [domínio público]
Mateus 13
1.Naquele dia, saiu Jesus e sentou-se à beira do lago.
2.Acercou-se dele, porém, uma tal multidão, que precisou entrar numa barca. Nela se assentou, enquanto a multidão ficava à margem.
3.E seus discursos foram uma série de parábolas.
4.Disse ele: “Um semeador saiu a semear. E, semeando, parte da semente caiu ao longo do caminho; os pássaros vieram e a comeram.
5.Outra parte caiu em solo pedregoso, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque a terra era pouco profunda.
6.Logo, porém, que o sol nasceu, queimou-se, por falta de raízes.
7.Outras sementes caíram entre os espinhos: os espinhos cresceram e as sufocaram.
10.Os discípulos aproximaram-se dele, então, para dizer-lhe: “Por que lhes falas em parábolas?”
11.Respondeu Jesus: “Porque a vós é dado compreender os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não.*
12.Ao que tem se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem, será tirado até mesmo o que tem.
13.Eis por que lhes falo em parábolas: para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não ouçam nem compreendam.
14.Assim se cumpre para eles o que foi dito pelo profeta Isaías: Ouvireis com vossos ouvidos e não entendereis, olhareis com vossos olhos e não vereis,
15.porque o coração deste povo se endureceu: taparam os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, nem seu coração compreenda; para que não se convertam e eu os sare (Is 6,9).
16.Mas, quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque veem! Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem!
17.Eu vos declaro, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não ouviram”.
18.“Ouvi, pois, o sentido da parábola do semeador:
19.quando um homem ouve a palavra do Reino e não a entende, o Maligno vem e arranca o que foi semeado no seu coração. Este é aquele que recebeu a semente à beira do caminho.
20.O solo pedregoso em que ela caiu é aquele que acolhe com alegria a palavra ouvida,
21.mas não tem raízes, é inconstante: sobrevindo uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, logo encontra uma ocasião de queda.
22.O terreno que recebeu a semente entre os espinhos representa aquele que ouviu bem a palavra, mas nele os cuidados do mundo e a sedução das riquezas a sufocam e a tornam infrutuosa.
23.A terra boa semeada é aquele que ouve a palavra e a compreende, e produz fruto: cem por um, sessenta por um, trinta por um.”




