Tive acesso ao seguinte documento: “18 razões porque não sou Católico Romano”. Esse documento foi desenvolvido por um suposto “ex-padre”. Surpreende-me o fato de as razões apresentadas por ele serem extremamente frágeis e falaciosas. Cabe a citação do profeta Oséias: “porque meu povo se perde por falta de conhecimento.” (Os 4,6). Farei uma breve resposta a algumas das 18 razões apresentadas pelo suposto “ex-padre”. Que o Espírito Santo ilumine todos que lerem essa minha resposta, “para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios Enganadores.” (Ef 4,14)
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6- “Não sou Católico Romano porque não encontrei um texto sequer, em que a Bíblia recomenda o uso do Rosário. A razão por que não encontrei, é que ele apareceu com Pedro Eremita em 1099 depois de Cristo.”
Resposta: Segundo esse critério apresentado por ele, não devíamos crer na Bíblia Sagrada que temos hoje; tendo em vista que somente no século IV nos sínodos locais de Roma, Cartago e Hipona, que se definiu a lista dos livros canônicos da Bíblia. Mais ainda: somente no Concílio de Florença (século XV) e no Concílio de Trento (século XVI) foi definida a lista dos livros bíblicos de maneira universal. Logo, esse critério apresentado inicialmente por ele é esdrúxulo e não nos diz nada. Vale destacar que não há condenação a “orações prontas” na Escritura. Jesus condenou aqueles que atribuem ao poder das palavras (uma espécie de superstição) a eficácia da oração. Rezar usando fórmulas “repetidas” não é condenado pela Bíblia Sagrada. No salmo 135(136) é repetida várias vezes a seguinte frase: “porque sua misericórdia é eterna.”, assemelhando-se muito à nossa forma de recitar o Rosário. Os serafins em Isaías 6 também repetem continuamente diante do trono do Altíssimo “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos, toda a terra está cheia de sua glória” e na oração do Pai Nossa Jesus nos orienta a iniciar nossa prece santificando o nome de Deus: “Santificado seja o teu nome” (assim como tais criaturas fazem de forma repetida), o que nos mostra que essa frase é uma oração de elogio e louvor. Na oração do Rosário, se pudéssemos definir o “mais importante”, seria a meditação dos mistérios da vida de Jesus. Sendo assim, a recitação do Rosário foi se desenvolvendo com o tempo, porém, não se trata de uma inovação que contraria a Bíblia Sagrada. Na verdade, é o oposto disso: “Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo.” (I Tessalonicenses 5,17-18).
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