RESPOSTA A 18 RAZÕES POR QUE NÃO SOU CATÓLICO: O PURGATÓRIO

Elton Jonatas

Elton Jonatas

Tive acesso ao seguinte documento: “18 razões porque não sou Católico Romano”. Esse documento foi desenvolvido por um suposto “ex-padre”. Surpreende-me o fato de as razões apresentadas por ele serem extremamente frágeis e falaciosas. Cabe a citação do profeta Oséias: “porque meu povo se perde por falta de conhecimento.” (Os 4,6). Farei uma breve resposta a algumas das 18 razões apresentadas pelo suposto “ex-padre”. Que o Espírito Santo ilumine todos que lerem essa minha resposta, “para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios Enganadores.” (Ef 4,14) Recomendo vivamente que leia as outras respostas aqui, aqui aqui.

 

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8 – Não sou Católico porque não existe a palavra purgatório na bíblia, mas foi confirmado pelo concílio de Trento em 1563 depois de Cristo, ou seja, antes disso nenhuma alma ia ao purgatório, pois ainda não havia sido criado pelo Papa.”

 

Resposta: Não é raro ver um protestante atacar a crença do purgatório, isso sem ao menos ter o conhecimento do que é o purgatório na doutrina católica. Tenho forte suspeita, pelo que tenho visto até aqui, de que esse senhor “ex padre” também não entende o que é o purgatório. O catecismo da Igreja Católica trata do tema purgatório do parágrafo 1030 até o 1032. Ali fica evidenciado que o purgatório não é uma “segunda chance”! O purgatório também não é um acréscimo à graça de Deus ( na verdade, é o oposto. O purgatório é fruto da graça do  Senhor). Algumas das bases bíblicas e uma explicação mais detalhada estão nos parágrafos que mencionei do catecismo; aqui pretendo demonstrar que muito antes do Concílio de Trento (século XVI d.C) já era crença comum na Igreja espalhada a por todo mundo a necessidade de, em muitos casos, haver uma “purificação final” após a morte. No concílio de Florença, no documento “Laetentur caeli” de 6 de Julho de 1439 (mais de 100 anos antes da data que o suposto “ex padre” menciona como origem da doutrina, a crença do purgatório foi confirmada). É dito: “Igualmente, se os verdadeiros penitentes falecerem no amor de Deus, antes de ter satisfeito com frutos dignos de penitência o que cometeram ou deixaram de fazer, suas almas são purificadas depois da morte com as penas do purgatório.” (A Sorte dos defuntos. DS 1304).

 

São Gregório de Nissa, no século IV d.C, já atestava a crença no purgatório: “Quando ele renuncia a seu corpo e a diferença entre a virtude e o vício é conhecida, não pode pode ele se aproximar de Deus até que seja purificado com o fogo que limpa as manchas com as quais a sua alma está infectada. Esse mesmo fogo, em outros ,cancelará a corrupção da matéria e a propensão ao mal” (Sermão sobre a Morte 2,58).

 

 

Tantos outros Pais da Igreja, como Tertuliano, são João Crisóstomo, santo Agostinho, etc., testificaram de forma tão abundante sobre o purgatório que seria enfadonho elencá-los todos aqui! Logo, o purgatório é uma crença de data imemorável , cuja gênese remonta aos santos Apóstolos.

 

Foto de Martin Sanchez na Unsplash

 

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Elton Jonatas

Eu venho de família não católica; fui batizado em 2016 com 21 anos de idade, depois de ter passado pelo agnosticismo, ateísmo militante e pelo IURD (Igreja Universal do Reino de Deus). Sou casado desde outubro de 2020 e até o momento, fui agraciado com dois filhos.

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Eu venho de família não católica; fui batizado em 2016 com 21 anos de idade, depois de ter passado pelo agnosticismo, ateísmo militante e pelo IURD (Igreja Universal do Reino de Deus). Sou casado desde outubro de 2020 e até o momento, fui agraciado com dois filhos.

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