Tive acesso ao seguinte documento: “18 razões porque não sou Católico Romano”. Esse documento foi desenvolvido por um suposto “ex-padre”. Surpreende-me o fato de as razões apresentadas por ele serem extremamente frágeis e falaciosas. Cabe a citação do profeta Oséias: “porque meu povo se perde por falta de conhecimento.” (Os 4,6). Farei uma breve resposta a algumas das 18 razões apresentadas pelo suposto “ex-padre”. Que o Espírito Santo ilumine todos que lerem essa minha resposta, “para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios Enganadores.” (Ef 4,14) Recomendo vivamente que leia as outras respostas aqui, aqui e aqui.
_____________________________________________________________________
14 – Não sou Católico Romano porque a Bíblia diz que se alguém tirar ou acrescentar alguma Não sou Católico Romano porque a Bíblia diz que se alguém tirar ou acrescentar alguma palavra nas Escrituras, Deus fará vir sobre ele as pragas escritas neste livro, e Deus tirará a sua palavra nas Escrituras, Deus fará vir sobre ele as pragas escritas neste livro, e Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da cidade santa. Apoc. 22:18parte da árvore da vida e da cidade santa. Apoc. 22:18–19; Deut.419; Deut.4:2 12 e 32.”
Resposta: É um assunto delicado para um protestante o cânon bíblico. Como um protestante justifica a lista dos livros Bíblicos que ele possui hoje? Embasado em qual autoridade, ele pode dizer que a Bíblia Católica tem livros a mais? Qual é o padrão? Nos Concílios regionais de Hipona (393 d.C), Cartago III (397 d.C), Trullo (692 d.C); e nos Concílios Ecumênicos de Éfeso (431 d.C), Niceia II (787 d.C), Constantinopla IV (869 d.C) e Laterano IV ( 1215 d.C) há a citação de trechos dos livros que não estão nas bíblias protestantes, mas sim nas católicas( fonte: Manual de defesa dos livros Deuterocanônicos, capítulo IV). O Concílio Ecumênico de Florença Decretum pro laçobitis” (ex Bila << Cantate Domino >>, 4 FEV. 1441) cita exatamente a lista dos livros da bíblia católica e não da protestante. Os pais da Igreja como São Gregório de Nissa, santo Ambrósio, são Leão Magno, santo Agostinho citam os livros da bíblia católica (completa), os quais não se encontram nas bíblias protestantes (incompletas) (Fonte: Manual de defesa dos livros Deuter ocanônicos, capítulo III). Logo, quem tirou livros da Bíblia cristã, foram os protestantes e não os católicos, e é por isso que os concílios históricos da Cristandade e seus documentos confessionais fazem menção à bíblia católica e não à protestante. Por isso, Agostinho, por exemplo, diz que a Igreja de Cristo de sua época mantinha os dois livros de Macabeus em sua lista, em oposição aos judeus: “Estes são considerados canônicos, não pelos judeus, MAS PELA IGREJA, por causa dos sofrimentos extremos e maravilhosos de certos mártires, que, antes da vinda de Cristo em carne, lutaram pela lei de Deus até a morte, e suportaram os males mais graves e horríveis”. (Cidade de Deus cap. 36 )
Foto de Joel Muniz na Unsplash
